Segurança da Informação

O lado sombrio da internet

Lendo o artigo publicado pela BBC sobre “Suicídio de adolescente russa de 12 anos revela lado sombrio das redes sociais”, me levou a reflexão de quanto ainda estamos absortos ao advento da tecnologia e internet, é inegável que a internet trouxe grandes avanços na área de comunicação, mas até onde estamos preparados para as responsabilidades que essa fantástica ferramenta nos proporciona?

A internet possui diversas ferramentas de contato social e cada ferramenta possui riscos inerentes a ela.

Estava discutindo sobre o assunto com colegas de profissão (SI) e pessoas leigas aos assuntos, abordamos o tema de como podemos proteger os jovens desse lado sombrio, invasão de privacidade, limite entre os pais, a conversa aberta e franca em ambos os lados, e demais assuntos pertinentes.

Entendo que é um assunto complexo e que deve ser discutido entre pais, tutores e a sociedade em geral.

A Deep Web sabemos que é o lado sombrio de toda a internet, dividida teoricamente em 7 camadas, porém é importante salientar que há diversos outros riscos na própria surface web, a nossa velha internet conhecida, a mesma que usamos todos os dias.

O Facebook, possui diversos grupos de acessos privados com pornografia, pedofilia, necrofilia e outros grupos. Quaisquer desses grupos ficam impunes em sua maioria até o conteúdo cair em mãos de quem denuncie à polícia ou mesmo ao próprio Facebook. Mas infelizmente fecha um grupo e tem outros dez em operação, compartilhando as mesmas sujeiras de conteúdos ilícitos.

O Whatsapp é outro meio que prolifera esses conteúdos através de compartilhamento com outros grupos e isso não tem fim.

Aqui dei o exemplo das duas ferramentas mais conhecidas e mais usadas no Brasil, mas todos os outros meios de comunicação social possuem os mesmos problemas, isso vem refletir a sociedade podre em que vivemos, onde as aparências não refletem o cerne da pessoa, que no meu ponto de vista é comparado ao chorume.

Mas como podemos proteger nossos entes queridos, principalmente nossos filhos?

Há hoje diversas ferramentas de mercado que proporcionam um filtro eficiente a esses conteúdos, porém são pagos e necessitam de gerenciamento e conhecimento especifico para sua configuração, o problema que muitas pessoas são “analfabetos funcionais digitais”, aquela pessoa que sabe abrir o computador para acessar o e-mail, Facebook e alguma vez pesquisar no Google, que quando contrata um serviço de banda larga deixa sem senha o Wifi ou com a senha de fábrica, o computador dele não possui usuários para cada pessoa da casa e esse único usuário é o administrador, antivírus é só porque alguém disse que ele precisa ter ou porque veio instalado. Bom já deu para entender que é um problema que devemos tratar na raiz, e essa raiz entendemos que seja extensivo à educação, sendo ela em casa e na escola, segurança digital deveria ser uma realidade em nossas escolas.

Mas podemos incluir ferramentas de filtro de conteúdo web, ferramenta de gestão dos pais, usuários distintos para os membros da família, diferenciar os pais dos filhos através de segregação de acesso, criar meios de monitoramento do que os filhos acessam, com quem conversam nas redes sociais, não adianta.

Devemos instruir desde o início, criar uma comunicação aberta, franca e transparente com nossos filhos e entes queridos, a ferramenta nos ajudará a mantermos sempre alertas, porque não temos como proteger tudo, o fato é que não existe segurança 100%, se alguém oferecer uma segurança dessa, sai fora que é golpe.

Bom então, não adianta comprar ferramentas de mercado para blindar o ambiente, a conversa com o filho e demais, principalmente com adolescente entra por um ouvido e sai pelo outro, o que devo fazer então?

A resposta é simples, de tudo um pouco.

Monitore, acompanhe, gerencie, converse, converse mais um pouco até que as pessoas entendam a real necessidade de se atentar aos riscos de corremos na internet.

Tente postergar ao máximo possível o contato com esse maravilhoso mundo da tecnologia, por exemplo o Facebook o limite mínimo de idade é 13 anos, porque permitir que ele se cadastre antes disso, procure ter acesso a sua conta para eventualmente verificar com quem anda tendo contato, o que anda conversando, o que tem publicado, etc.

Não tenha esse acesso de forma escondida, porque caso encontre alguma situação, como você poderá confrontar ou mesmo discutir o assunto?

Nesse momento se dará uma ruptura da confiança e irá gerar um grande estresse.

Num futuro breve postaremos sobre as diversas ferramentas e o que poderá ser feito para um controle mais efetivo mesmo em um ambiente doméstico.

Link externo: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36411709

Ricardo Lino

Profissional de Tecnologia da Informação há 17 anos, tendo os últimos 7 anos na área de Segurança da Informação, Risco&Fraude e Compliance, projetando e definindo as melhores soluções, alinhando as melhores práticas de mercado as metas de negócio, provendo transformações internamente e externamente mantendo uma Governança de segurança da informação, gestão de risco para elevar a maturidade das empresas, são o que eu faço melhor.

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